Quero ser 
livre insincero
Sem crença, 
dever ou posto.
Prisões, 
nem de amor as quero.
Não me amem, porque não gosto.
Quando canto o que 
não minto
E choro o que 
sucedeu,
É que esqueci o que 
sinto
E que julgo que não sou 
eu.
De mim mesmo viandante
Olho as músicas na aragem,
E a minha 
mesma alma errante
É uma canção de viagem.
Fernando Pessoa
 
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